Se você é mecânico ou lojista de autopeças, sabe que a vibração no veículo pode ter várias causas. Mas um dos problemas mais comuns é o desgaste na tulipa do semieixo, especialmente nos veículos com juntas homocinéticas do tipo tripoide. E quando o cliente chega reclamando que o carro trepida ao acelerar, pode apostar que essa pode ser a raiz do problema!
Vamos entender melhor?
Sintomas da vibração por desgaste na tulipa do semieixo
A tulipa é um dos componentes fundamentais do semieixo de transmissão. Ela trabalha junto com a trizeta e a junta homocinética para levar a força do motor até as rodas dianteiras, permitindo que o carro se movimente de forma eficiente e sem trancos. Seu formato interno possui trilhos em que a trizeta se encaixa, garantindo um movimento suave e controlado.
Quando a tulipa está desgastada, esses trilhos sofrem erosão, criando folgas que resultam em impactos e vibrações. Esse desgaste pode ser acelerado por falta de lubrificação adequada, uso prolongado ou mesmo por coxins do motor e do câmbio danificados, que aumentam o esforço sobre o conjunto do semieixo.
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Se você trabalha com veículos, fique atento aos sinais mais comuns desse problema:
1: Vibração no arranque
- O cliente pode relatar que, ao sair com o carro, sente um tranco incômodo, especialmente em primeira marcha e ré.
- Esse sintoma ocorre porque a folga na tulipa faz com que a trizeta “bata” contra os trilhos internos da peça ao iniciar o movimento.
- O problema pode ser mais perceptível em subidas ou ao arrancar com mais carga no veículo.
- Quanto maior o desgaste, mais brusca será essa vibração.
2: Trepidação ao acelerar
- A vibração também pode aparecer quando o motorista pisa no acelerador com um pouco mais de força.
- O desgaste nos trilhos da tulipa permite que a trizeta se mova de forma irregular, causando trepidações no veículo.
- Esse sintoma é mais evidente em retomadas de velocidade ou quando o carro está em carga parcial.
- Dependendo do nível de desgaste, a trepidação pode ser sentida tanto no volante quanto no assoalho do carro.
3: Diminuição da vibração ao soltar o acelerador
- Quando o motorista tira o pé do acelerador, a força sobre o conjunto diminui, e a trizeta não pressiona tanto os trilhos da tulipa.
- Isso reduz momentaneamente a folga e, consequentemente, a vibração.
- Esse sintoma é um forte indicativo de que o problema está na transmissão e não em componentes como rodas desbalanceadas ou pneus irregulares.
- Caso a vibração continue mesmo ao tirar o pé do acelerador, pode ser um sinal de que outras peças estão comprometidas, como os coxins do motor.
4: Nada de “estalos” na direção
- Um erro comum é confundir esse problema com uma junta homocinética externa estourada.
- Enquanto a homocinética externa faz estalos ao esterçar, o desgaste na tulipa não gera ruídos, apenas vibração.
- Isso acontece porque a falha está dentro da transmissão, onde a trizeta se movimenta dentro da tulipa, e não na extremidade da junta homocinética.
Se o cliente reclamar de vibração sem barulho de estalos, a chance de ser desgaste na tulipa é alta!
Veículos mais afetados pelo problema
Esse problema acontece mais em modelos que usam juntas tripoides no semieixo. Alguns exemplos bem comuns na oficina:
- Peugeot: 206, 207, 208
- Toyota: Corolla
- Volkswagen: Jetta MK5
- Ford: Fiesta, Ka e Focus
Com o tempo, esses carros podem apresentar vibração, especialmente se a graxa da junta secar ou se a peça for usada por muito tempo sem manutenção.
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Por que a tulipa desgasta?
O desgaste da tulipa do semieixo pode ser causado por vários fatores que comprometem sua estrutura interna e reduzem sua vida útil. Entenda os principais motivos:
1: Falta de lubrificação
A graxa dentro da tulipa é essencial para reduzir o atrito entre a trizeta e os trilhos internos. Quando essa lubrificação é inadequada ou seca com o tempo, a fricção entre as peças aumenta, acelerando o desgaste.
- O calor gerado pelo atrito constante pode fazer com que a superfície dos trilhos da tulipa perca sua uniformidade, criando pequenas ranhuras que aumentam a folga.
- A graxa também protege contra a umidade e a contaminação por poeira e detritos, que podem causar corrosão e desgaste prematuro.
- O tipo de graxa utilizada é fundamental. Utilizar graxa inadequada ou de baixa qualidade pode comprometer a proteção da peça e levar ao desgaste mais rápido.
2: Uso prolongado sem manutenção
O tempo de uso sem inspeção periódica é um dos principais fatores que contribuem para o desgaste da tulipa. A falta de revisão adequada faz com que pequenas folgas que poderiam ser corrigidas precocemente aumentem até que a troca da peça se torne inevitável.
- Muitos motoristas só percebem o problema quando a vibração já está intensa, o que indica um desgaste avançado.
- Uma tulipa desgastada pode afetar outros componentes do sistema de transmissão, como a própria trizeta e a junta homocinética.
- Para prolongar a vida útil da peça, recomenda-se fazer inspeção regular e reposicionar ou substituir a graxa quando necessário.
3: Coxins do motor e câmbio danificados
Os coxins são responsáveis por absorver os impactos e vibrações gerados pelo motor e pelo câmbio. Quando esses componentes estão desgastados, não conseguem mais amortecer adequadamente os movimentos do conjunto, aumentando a carga sobre o semieixo e, consequentemente, sobre a tulipa.
- Coxins danificados fazem com que o motor se mova excessivamente durante as acelerações e desacelerações, transferindo essas oscilações para o semieixo.
- O excesso de movimentação faz com que a trizeta se desloque de maneira irregular dentro da tulipa, acelerando o desgaste dos trilhos internos.
- Se os coxins não forem substituídos junto com a tulipa danificada, o problema pode persistir, levando a um desgaste prematuro da nova peça.
Manter os coxins do motor e do câmbio em bom estado é essencial para preservar a vida útil do sistema de transmissão e evitar gastos desnecessários com substituições frequentes.
Como resolver a vibração causada pelo desgaste da tulipa?
Se o cliente chegar na sua oficina reclamando de vibração, veja algumas soluções que podem resolver o problema de maneira eficaz:
1: Trocar a tulipa do semieixo
Se os trilhos internos da tulipa estiverem visivelmente desgastados ou apresentando sulcos, a melhor solução é a substituição completa da peça. Algumas recomendações:
- Sempre avalie o desgaste da tulipa com a desmontagem do conjunto para evitar diagnósticos errados.
- O desgaste excessivo pode comprometer também a vida útil da trizeta, exigindo a troca do conjunto completo.
- Utilize apenas peças de qualidade, pois tulipas de baixa qualidade podem ter menor durabilidade e levar a problemas recorrentes.
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2: Trocar a trizeta
Se a folga entre a trizeta e a tulipa estiver grande, substituir apenas uma das peças pode não resolver o problema. O ideal é trocar ambas para garantir um encaixe perfeito e eliminar a vibração. Fatores a considerar:
- Uma trizeta desgastada pode danificar ainda mais a tulipa nova, reduzindo sua vida útil.
- Inspecione a haste do semieixo, pois um desgaste excessivo pode exigir a troca do eixo inteiro.
- Prefira kits de reposição compatíveis com o modelo do veículo para evitar adaptações que possam comprometer a segurança.
3: Usar a graxa certa
A graxa utilizada na tulipa tem um papel essencial na prevenção do desgaste. Algumas dicas sobre sua aplicação:
- Utilize graxa específica para juntas homocinéticas, pois ela possui propriedades que minimizam o atrito e suportam altas temperaturas.
- Nunca reutilize a graxa antiga, pois contaminantes podem acelerar o desgaste da peça.
- Verifique se a coifa da junta está em boas condições, pois rasgos ou rachaduras podem permitir a entrada de sujeira, comprometendo a lubrificação.
- A graxa deve ser aplicada na quantidade correta: excesso pode causar vazamentos e sujeira, enquanto a falta pode levar ao ressecamento prematuro.
4: Verificar os coxins do motor e do câmbio
Coxins danificados podem aumentar a transferência de vibração para o semieixo, agravando os sintomas. Algumas recomendações para avaliação e substituição:
- Verifique a integridade dos coxins com o motor em funcionamento. Se houver movimento excessivo, podem estar comprometidos.
- Coxins ressecados ou trincados devem ser substituídos imediatamente para evitar danos a outros componentes da transmissão.
- Opte por coxins reforçados em veículos que operam sob condições severas, como carros de frota ou de uso frequente em terrenos irregulares.
Manter uma boa prática de manutenção preventiva pode evitar custos elevados com reparos e garantir que o veículo funcione de forma suave e segura.
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